quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A GRANDE FARSA, por Marta Ferreira*

Como os dados macroeconômicos, registrados nos sites oficiais, não são divulgados, a população acredita que todos os nossos problemas já foram resolvidos. O Orçamento da União, para 2010, é de R$ 1,870 trilhão. Entretanto, R$ 1,766 trilhão (94,43%) já está comprometido com Previdência Social, servidores federais, juros da dívida pública interna e externa, e transferências para estados e municípios, sobrando apenas R$ 104 bilhões para os investimentos dos 34 Ministérios e Secretarias Especiais.

Em 2002, o déficit da Previdência era de R$ 41,4 bilhões. Em 2009, atingiu R$ 100,7 bilhões, um incremento de 143%, inflado especialmente pela aposentadoria dos servidores públicos federais (60%). Nos últimos 07 anos, o governo admitiu 319 mil novos funcionários, a umentando a folha de pagamentos de R$ 75 bilhões, para R$ 167 bilhões, um inchaço de 123%.

O aumento dos gastos inúteis do governo gerou um déficit fiscal de  R$ 728 bilhões, inaceitável em qualquer país do mundo. Para tentar fechar as contas, ele promoveu um aumento da carga dos nossos impostos, que já é a maior do planeta, em 12,86% do PIB. Daí, a arrecadação atingiu a estratosférica cifra de R$ 1 trilhão, em 2009. Mas, como nunca parou de gastar, a dívida líquida total da União dobrou de R$ 1,1 trilhão, em 2002, para R$ 2,3 trilhões, em 2010. As taxas de juros do Brasil são as mais altas do mundo. O governo mantém esses juros escorchantes, travando a nossa economia, para remunerar o capital estrangeiro e rolar a dívida pública, inclusive a externa, que ele jura ter pago.

A inadimplência do setor público aumentou 54,86% e a dívida ativa dos estados, 16,08%, desde 2006. Os estados mais ricos devem 73,9% do seu total. Enqua nto os emergentes vêm crescendo, em média, 7,6% ao ano, o governo Lula promoveu um crescimento econômico médio de 3,57%, menor que o dos 21 anos de ditadura, 05 anos de Sarney e bem próximo daquele do governo FHC.

O Brasil está entre os países mais corruptos do mundo. Em 2002, num ranking de 180 países, recebeu nota 4,0 e ocupava o 45º lugar. Em 2009, nota 3,7 e despencou para o 75º lugar. O "espetacular" programa de combate à fome recebeu apenas R$ 68 bilhões, desde 2003. No mesmo período, o Gabinete da Presidência torrou, sozinho, R$ 22 bilhões, valor superior ao orçamento dos Ministérios do Meio Ambiente, Orçamento e Gestão, Desenvolvimento, Relações Exteriores e Comunicações, juntos! No Brasil, mais de 14 milhões de pessoas não têm acesso a água tratada e 100 milhões não têm esgoto sanitário.

Os analfabetos somam 19 milhões de pessoas; nosso coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, estacionou em 0,54, o 3º pior da América Latina; e, entre 56 países analisados em educação, estamos em 48º lugar em leitura, 53º em matemática e 52° em ciências. A cada ano, 51 mil pessoas são assassinadas, a maioria envolvida no tráfico de drogas, por causa das ineficazes políticas de prevenção e segurança, especialmente nas fronteiras.

Além de ter acendido o estopim da bomba que vai explodir a economia do Brasil, o governo Lula vem promovendo, também, a destruição dos nossos valores éticos e morais, através do vale tudo a qualquer preço, e das suas alianças com o que há de mais podre, na política brasileira e mundial, sem nenhum pudor, sem nenhum remorso. E, com a incompreensível aprovação e o inquietante silêncio da sociedade.

*Martha Ferreira é economista e consultora de negócios.

Fonte: A Gazeta

Conexões da família de Erenice Guerra*

Fonte: Folha.com

Auditoria liga irmão de Erenice a desvio de R$ 5,8 milhões*

O irmão da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil, José Euricélio Alves de Carvalho é apontado por auditoria do governo como responsável pelo desvio de R$ 5,8 milhões da editora da UnB em contratos fantasmas, o que incluiu pagamentos a ele próprio e a Israel Guerra, filho da ministra que atua como lobista.
A folha de pagamentos suspeitos da editora traz pelo menos R$ 134 mil destinados a José Euricélio e a Israel Guerra entre os anos de 2005 e 2008, período em que Erenice ocupava a Secretaria Executiva da Casa Civil e era subordinada à então ministra Dilma Rousseff.
José Euricélio era da direção da editora da UnB e coordenador-executivo dos programas que, segundo relatório da CGU (Controladoria-Geral da União), tiveram R$ 5,8 milhões desviados para 529 pessoas. Essas pessoas receberam sem a comprovação de que o serviço foi feito.
Na prática, a Controladoria e o Ministério Público descobriram um esquema de terceirização dos serviços na universidade sem a comprovação de que eles foram efetivamente realizados.
A editora da UnB (Universidade de Brasília) foi usada para captar dinheiro de fundações e distribuir o montante a pessoas ligadas à cúpula da diretoria.

Fonte: Folha.com

Dia da Independência Financeira do RS!

Gastar de forma séria, correta, atendendo os interesses públicos é o caminho. 
A Governadora Yeda mudou essa  velha forma de governar, sem pensar no futuro.
O Rio Grande do Sul passou 37 anos gastavando mais do que se arrecadava, sem, em nenhum momento, um governador ser punido por isso.
Felizmente, com a Governadora Yeda e o NOVO JEITO DE GOVERNAR alcançamos o déficit zero e o caminho é esse: orçamento realista, planejamento, a fim de atender todas as demandas da população sem deixar dívidas para os anos seguintes.
É só dessa forma que mais investimentos poderão ser feitos!
Parabéns Rio Grande do Sul pelo dia da Independência Financeira!
Obrigada Governadora Yeda Crusius por fazer o Rio Grande GRANDE de novo!







Frase do dia


"O realismo orçamentário é uma decisão política de não prometer o que não se pode cumprir, não vender sonhos e dizer até onde se pode ir em cada setor".

Yeda Crusius
Governadora do Rio Grande do Sul

(http://www.seplag.rs.gov.br/noticia.asp?ta=5&cod_noticia=743)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Trecho do Livro "O Vencedor Está Só", de Paulo Coelho...

"Cada vez que lia nos jornais ou revistas os políticos de sempre usando o aquecimento global, ou a destruição do meio ambiente como plataforma para suas campanhas eleitorais, pensava comigo mesmo:
Como podemos ser tão arrogantes? O planeta é, foi e será sempre mais forte que nós. Não podemos destruí-lo; se ultrapassarmos determinada fronteira, ele se encarregará de nos eliminar por completo a sua superfície, e continuará existindo.
Por que não começam a falar em ‘não deixar que o planeta nos destrua’?
Porque 'salvar o planeta' dá a sensação de poder, de ação, de nobreza. Enquanto 'não deixar que o planeta nos destrua' é capaz de nos levar ao desespero, à impotência, à verdadeira dimensão de nossas limitadas capacidades."

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Dieta do Hipertenso*

Na última matéria falamos sobre a hipertensão arterial e suas características, complicações e curiosidades. Assunto de hoje é o consumo de sal, nas próximas semanas veremos mais sobre a alimentação recomendada para pessoas com pressão alta.Basicamente o hipertenso deve respeitar 4 regras básicas na dieta:

- Limitar o sal;
- Limitar a ingestão de álcool;
- Reduzir o peso (se necessário);
-Usar livremente fibras e reduzir as gorduras animais.

O hipertenso sente menos gosto do sal e por este motivo acaba usando maiores quantidades, além disso, tem dificuldade de eliminar o sal do corpo. Este sal que não é eliminado do organismo retém líquido, aumentando o volume de sangue circulante e por conseqüência eleva a pressão arterial.
A Organização Mundial de Saúde recomenda um consumo máximo de 6 gramas de sal por dia. Uma colher de cafezinho ou uma tampa de caneta Bic contém 1gr.
O sal não é apenas aquele que está dentro do saleiro, existem muitos alimentos ricos em sal. Os industrializados, por exemplo, contém sal em sua formulação para ter mais tempo de prateleira, ou seja, “durar mais”.
Desta forma evite os alimentos em conserva, enlatados, salgadinhos, biscoitos salgados e doces. Alimentos pré-prontos e processados como molhos, sopas, molho shoyo (de soja), mostarda, ketchup, misturas para bolos, congelados, embutidos e frios, como salames, copas, salsichas, lingüiças, presuntos e mortadelas.
EVITE usar caldos em pacotinhos, pois são riquíssimos em sal e gordura. Se desejar  dar sabor ao seu alimento utilize temperos naturais como cebola, pimentão, alho, alecrim, manjerona, orégano, limão, sálvia.
Leia o rótulo dos alimentos, sempre que você encontrar sódio saberá que há sal naquele produto, exemplo: bicarbonato de sódio, benzoato de sódio, cloreto de sódio.

Abaixo uma receita deliciosa e que utiliza pouco sal em sua preparação: 

Pescado com iogurte e curry 
2 potes Iogurte natural desnatado
1 colher de sobremesa Curry
1 xícara Farinha de milho 
1 xícara Farelo de aveia 
1 colher de sopa Orégano 
4 unidades Filé de pescado
1 colher de cafezinho Sal 
1 colher de chá Azeite de oliva
Alecrim, alho, limão

Modo de fazer: Tempere os filés com alecrim, alho e limão. Reserve. Em uma tigela misture o iogurte, o sal, e o curry e reserve. Em outra misture as farinhas e o orégano. Em seguida passe os filés na misture de iogurte e depois na de farinha e coloque em um refratário untado com azeite. Leve para assar em forno alto por 20 minutos.

*Nutricionista Lilian Deon

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Crise faz número de desempregados ter expansão recorde, aponta IBGE*

Os efeitos da crise no mercado de trabalho foram maiores do que se propagava, de acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). De 2008 para 2009, mais 1,4 milhão de pessoas passaram a procurar emprego.
Ao todo, eram 8,4 milhões de desempregados no ano passado, aumento de 18,5% em relação a 2008. Trata-se da maior variação desde o início da série histórica, em 2001.
Assim, a taxa de desemprego em 2009, segundo a pesquisa foi de 8,3%. Em 2008, havia ficado em 7,1%. O avanço interrompeu três quedas seguidas, observadas desde 2006. 

Retirado do site Folha.com, em 08.09.2010

Lula entra na guerra suja*

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abrindo mão do decoro mínimo que se espera de um presidente da República — porque ele continua presidente mesmo quando faz campanha para a sua candidata —, foi a TV ontem acusar o tucano José Serra de “partir para a baixaria”. Curiosamente, alguns textos na imprensa dizem que ele partiu para o “contra-ataque”. Um mínimo de decência e de apreço pelo significado das palavras nos informa que o “ataque” foi a quebra dos sigilos e a tentativa de envolver Verônica Serra numa das tramóias a que o PT se habituou. O “contra-ataque”, se houve, foi o do tucano. Lula apenas junta um ato indecoroso a outro.
Se querem saber, acusar o adversário — adversário de Dilma, é bom deixar claro, já que Lula não disputa a eleição — de “partir para a baixaria” é muito menos grave do que qualificá-lo como o “candidato da turma do contra”, referindo-se, então, aos milhões de eleitores que votarão em Serra como cidadãos se segunda categoria, gente desprezível que não “tem amor pelo Brasil”. É uma violência com o próprio processo democrático.
Na democracia, a “turma do contra”, de que fala Lula, é tão legítima quanto a “turma a favor”. Afirmar que o adversário é aquele que “torce o nariz para tudo” desqualifica a oposição, sem a qual não existe regime democrático, uma vez que se pode dizer “sim” na Coréia do Norte, em Cuba ou no Irã. A fala de Lula explica muita coisa.
Quando classifico certas posturas políticas de “esquerdopatia” e seus praticantes de “esquerdopatas”, não o  faço por acaso. O esquerdista — e pouco importa que forma esse esquerdismo assuma nas circunstâncias dadas — é o psicopata da política. Assim como aquele doente tem noção do certo e do errado, mas pratica o crime sem remorso ou dor na consciência porque, de fato, não reconhece a humanidade de suas vítimas, o esquerdopata faz o que considera “o necessário” para atingir seus objetivos porque não reconhece “o outro” como um seu igual, porém dotado de uma outra verdade. Um psicopata não se compadece da dor alheia porque o outro, para ele, é “coisa”; na política, o esquerdopata age da mesma maneira.
É preciso esvaziar o adversário de sentido para, então, eliminá-lo. Há oito anos Lula vem promovendo, por exemplo, o desmonte do governo FHC e da própria figura do ex-presidente. Usou a máquina pública para construir uma fabulosa teia de mentiras sobre si mesmo e sobre o antecessor. O Brasil, segundo a propaganda, começou com Lula. Ontem, calculem!, no 7 de Setembro, Dilma Rousseff chegou a afirmar que o país  teve a sua segunda independência ao “romper com a tutela do FMI”. Em primeiro lugar, não rompeu com o Fundo, mas pagou o que devia. Em segundo, nunca houve tutela. Mas e daí? Isso é parte da farsa petista.
Transformado o outro em coisa, então ele pode ser eliminado. E aí vale tudo: mensalão, aloprados, dossiês, invasões de sigilo, qualquer coisa. Se Serra representa “a turma do contra” e as pessoas que “não amam o Brasil”, então é evidente que ele tem de ser banido da política, não importa por quais meios. E seus eleitores são, igualmente, expressão do mal. O que se viu ontem na TV foi um troço fabuloso, único, verdadeiramente inaugural: os petistas quebraram o sigilo de tucanos e da filha do presidenciável da oposição, mas Lula acusa a “baixaria” de Serra e fala em “calúnias e mentiras”. E, como vimos, não foi ela a responder. O “macho Alfa” saiu em defesa da “mulher”, que estaria sendo vítima de preconceito.
Caso Dilma seja eleita, vocês podem se preparar para emoções fortes. A máquina que praticou esses crimes em série contra a Constituição não vai parar. Assim como o sigilo dos tucanos e de Verônica Serra serviu à guerra suja, o de muitos outros brasileiros também servirá. Sempre haverá Lula para ir à televisão e exorcizar os demônios da “oposição”. E que fique claro: o monstro ainda não se criou; apenas dá os seus primeiros passos.
Por Reinaldo Azevedo
Retirado do site http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/, em 08.09.2010

Advogado diz que servidora do fisco cumpria ordens*

O caso da violação do sigilo fiscal de tucanos e da filha de José Serra, Verônica, ganhou um ingrediente novo.
Responsabilizada pelo delito, a servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos afirma que cumpria ordens superiores.
Adeildda falou por meio do advogado, Marcelo Panzardi. A voz dele soou no meio de reportagem exibida no início da madrugada desta quarta (8), no ‘Jornal da Globo’.
“Internamente, ela estava cumprindo ordens da chefia e de pessoas superiores a ela”, disse o defensor de Adeildda.
“O que provavelmente ela imaginava é que esses superiores e a própria chefe estavam munidos de procuração”.
Segundo o advogado Panzardi, ao buscar os dados de tucanos no sistema da Receita, sua cliente supunha que agia dentro da lei. Por quê?
Para ela, os “superiores” teriam em mãos procurações dos contribuintes, autorizando os acessos. “Não cabia a ela questionar isso”, disse o advogado.
A versão de Adeildda se choca com a de Antonio Carlos Costa D'Ávila, Corregedor-geral da Receita.
Responsável pela investigação do caso na esfera administrativa, D’Avila dissera que havia no escritório do fisco em Mauá (SP) um “balcão de compra e venda” de dados.
Segundo ele, as informações fiscais sigilosas eram liberadas mediante “pagamento de propina”. Acrescentara: os malfeitos foram praticados na máquina de Adeildda.
Em consequência, a servidora tornou-se protagonista do inquérito aberto pela Polícia Federal, sob supervisão do Ministério Público.
Há dois dias, as acusações contra Adeildda foram adensadas pelo corregedor. Informou-se que ela não apalpara apenas os dados de tucanos.
Segundo o corregedor D’Ávila, entre os anos de 2008 e 2009, foram bisbilhotados no computador da servidora 2.949 contribuintes.
Desse total, 2.591 não tinham domicílio fiscal em Mauá. Algo que, para a Corregedoria, constitui indício de acesso “imotivado”.
O relatório em que D’Ávila se baseou para trazer à luz os novos números continha uma informação que o corregedor preferiu não mencionar aos microfones.
Entre os sigilos violados na máquina da servidora de Mauá estava o de Verônica Serra. Coisa que pode ter sido feita, sabe-se agora, por “ordem superior”.
Os dados de Verônica foram ilegalmente apalpados em Mauá no dia 8 de outubro de 2009.
Na mesma data, violaram-se os sigilos de Eduardo Jorge, o vice-presidente executivo do PSDB, e de outros três personagens ligados ao tucanato e a Serra.
A Receita sabia que Verônica fora vítima de crime em Mauá. Mas deixou circular a notícia de que a violação contra ela se restringira à agência de Santo André.
Ali, uma semana antes (30 de setembro de 2009), Antonio Carlos Atella retirara no balcão do fisco um par de declarações de IR da filha de Serra (2008 e 2009).
Antonio Carlos servira-se, como se sabe, de uma procuração falsa. Seguiu-se a novela da filiação partidária.
Primeiro, Antonio Carlos dissera que tinha ojeriza à política, era eleitor de Serra e não possuía filiação partidária.
Depois, o TRE-SP informaria que o falso procurador filiara-se ao partido de Dilma Rousseff no ano da graça de 2003.
Sobreveio a nota do presidente do PT-SP, Edinho Silva. Por erro na grafia do nome –“Atelka” em vez de Atella—a filiação não se havia consumado.
Mentira, informaria, 48 horas depois, a Justiça Eleitoral. A filiação ocorrera. E não havia vestígio do alegado equívoco ortográfico.
Agora, o advogado de Adeildda borrifa numa fogueira cujas chamas já vão altas a gasolina das “ordens da chefia e de pessoas superiores”.
De resto, o documento da Corregedoria em que é mencionado o ataque contra Verônica em Mauá informa que a senha utilizada foi a da própria Adeildda.
Trata-se de mais uma novidade. Antes, dizia-se que ela utilizara a senha cedida por outra servidora.
Como o advogado Marcelo Panzardi não se dignou a declinar os nomes dos “superiores” que pronunciaram as "ordens", cabe à PF inquirir Adeildda. Ao que parece, ela não tem vocação para Joana D'arc.

Retirado do Blog do Josias em 08.09.2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Breve resumo do caso das quebras de sigilo*

1.Os sigilos de tucanos ligados ao candidato do PSDB a presidente, José Serra, são quebrados em Mauá (Grande SP) no dia 8 de outubro do ano passado, quando Serra ainda disputava com Aécio Neves a vaga de candidato do PSDB à Presidência da República.

2.Neste ano, em um tradicional restaurante de Brasília, Luiz Lanzetta, então responsável pela comunicação da campanha do PT, se reuniu com o jornalista Amaury Ribeiro Jr. e com “arapongas” para negociar a montagem de um serviço de espionagem e de dossiês contra adversários.

3.O plano acaba sendo revelado pela imprensa antes de ser executado. Em junho, o jornal Folha de S. Paulo publica documentos do Imposto de Renda de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, e diz que eles integravam um dossiê que estava sendo montado pelo grupo de Lanzetta, que acaba afastado do cargo.

4. Eduardo Jorge obtém cópia do processo e divulga relação de outras pessoas ligadas a Serra que tiveram o sigilo fiscal violado.


5.A Receita Federal diz que violações de sigilo podem ter sido fetas por quadrilha especializada nesse tipo de crime.

6. A imprensa revela nesta semana que filha de José Serra teve o sigilo fiscal quebrado na agência a Receita Federal em Santo André (SP). A Receita afirma que informações haviam sido solicitadas por Verônica, por meio de uma procuração.

7.Mas o 16 Tabelião de São Paulo diz que procuração de Verônica utilizada para a quebra de seu sigilo é uma falsificação.

O que já foi esclarecido:

1.Houve um crime. Um funcionário (ou dois ou mais) da Receita violou o sigilo de uma série de pessoas ligadas ao PSDB.

2.Por enquanto só apareceram nomes de pessoas ligadas ao candidato da oposição à Presidência, José Serra.

3. A Receita correu para dar versões que se mostraram desencontradas.

4.A investigação do órgão caminha a passos lentos.

5.Na quebra de sigilo de Verônica Serra, diferentemente das outras, foi usada uma procuração falsa.

6.Conforme revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”, a Receita omitiu da opinião pública e das vítimas que a Corregedoria do órgão já travalhava desde 20 de agosto com uma linha de investigação que aponta violção político-eleitoral no caso de Verônica

O que falta esclarecer:

1 A motivação do crime nem seu mandante.

2.Não se sabe a extensão do crime. A cada dia, descobre-se um novo nome que teria tido o seu sigilo quebrado.

3.Não se sabe o por quê da concentração de violação de sigilos no ABC Paulista. A própria Receita faz circular a informação de que a agência de Mauá era um “balcão de negócios” e que havia uma promiscuidade no controle das senhas de acesso ao sistema, mas o sigilo de Verônica foi quebrado em Santo André por meio de uma procuração falsa.

*Retirado da Revista Época (publicado na internet em 03.09.2010)

Resgate da Consulta Popular

Priorizando as escolhas e demandas da comunidade

 Yeda pagou cerca de R$400milhões em dívidas de governo anteriores com a Consulta Popular e aumentou os recursos para as prioridades escolhidas pelas comunidades.
Neste ano, mais de 1,2 milhão de pessoas votaram na Consulta Popular.

Em 2010, Yeda irá destinar R$165 milhões!


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

“Podemos fazer a reforma do sistema eleitoral”*

Idealizador da Lei da Ficha Limpa, o juiz Márlon Reis foi palestrante do Congresso Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral, que começou ontem e segue até amanhã, em Porto Alegre.

Contente pela legislação ter sido aprovada a partir da iniciativa da sociedade, ele propôs que a reforma política brasileira, há anos empacada, também saia do papel pela força popular.

– Será o maior voo da sociedade nesta área – disse Reis, juiz na cidade de Imperatriz (MA).

Confira a entrevista ao jornal Pioneiro:

Pioneiro – Como foi iniciada a proposta da Ficha Limpa?

Márlon Reis –
Foi um debate entre as 46 organizações do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, entre dezembro de 2007 e maio de 2008. Vinha proposta até da Igreja, uma união de juristas católicos do Rio de Janeiro mandou uma série de artigos. Depois, vinha do outro lado os advogados. É realmente uma obra coletiva.

Pioneiro – O que representa a aprovação do projeto?

Reis –
Há um conflito ético no Brasil muito grande, fruto da constatação da maior parte da sociedade brasileira de que as coisas não podem ficar como estão. E elas podem piorar muito. Por outro lado, há a descoberta de que é possível mudar. A Lei da Ficha Limpa todos diziam que era impossível de ser aprovada. E foi uma conquista da mobilização social. Então, por isso, nós podemos ousar, acreditar que podemos ir muito mais longe a partir desse momento e fazer a reforma do sistema eleitoral como um todo.

Pioneiro – A lei corre risco no Supremo Tribunal Federal?

Reis –
Avaliamos que todas as decisões do TSE serão confirmadas pelo Supremo. São todas baseadas em precedentes do próprio STF em outras matérias julgadas. Não vemos nenhuma dificuldade de confirmação de todos os aspectos dessa lei com os fundamentos do TSE, que são perfeitos.

Pioneiro – E os próximos passos?

Reis –
Devemos voltar a nossa orientação para a reforma política, a reforma eleitoral. Toda a sociedade precisa se voltar para isso. Essa é a luta das lutas porque nós estamos vendo o Brasil com outros debates importantes enterrados. Se você ver a quantidade de reformas de base que o Brasil precisa fazer, e elas estão emperradas. Por quê? Porque não aconteceu a principal delas. Aquela que vai propiciar a formação de um parlamento capaz de fazer o diálogo nacional que outras reformas precisam. Sem essa reforma inicial, que é a do sistema eleitoral, as outras dificilmente acontecerão.

Pioneiro – Por que isso acontece?

Reis –
Existe déficit de representação. E essa representação decorre de um modelo de financiamento inaceitável, que é privatista, que mercantiliza o processo eleitoral, que faz com que os mandatários sejam mais devedores de seus financiadores do que seus eleitores. E, seguindo, um modelo de apresentação de candidaturas que é uma farsa. Se questiona a candidatura do Tiririca. As pessoas pensam que estão votando nele, mas estão votando no partido (o PR). E vão levar vários com ele que não sabem quem são.

Pioneiro – Quais as alternativas para que isso não aconteça?

Reis –
A primeira coisa é não ter pressa de definir um modelo. Todos devem sentar para decidir para onde ir, pois modelos existem vários. Para fazer uma reforma precisa ter um foco, principalmente por interesse popular. Depois disso, seguirem juntos independentemente da proposta que passe pela maioria.

*Márlon Reis, Juiz e idealizador da Lei da Ficha Limpa. Retirado em Zero Hora de 02.09.2010