Nutricionista do Irga, Lílian Deon, reafirma a importância do cereal para alimentação saudável

A crescente incidência de sobrepeso e obesidade deve-se, entre outros fatores, pela falta de hábitos alimentares saudáveis. Projeções recentes da Organização Mundial de Saúde indicam que pelo menos uma em cada três pessoas está com sobrepeso e quase uma em cada dez é obesa. Para 2015 a projeção é que 3 bilhões de adultos estarão acima do peso. A obesidade tem impacto grave sobre a saúde, devido suas consequências, como a chance aumentada de desenvolver diabetes mellitus tipo 2, doenças renais, apnéia do sono, osteoartrite, doenças cardiovasculares, câncer, pressão arterial elevada, entre outras.

Segundo Lílian Berwanger Deon, nutricionista do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), essas mudanças no perfil de saúde da população têm relação direta com os hábitos alimentares. Embora evidências comprovem os benefícios de uma alimentação saudável e balanceada percebe-se um aumento no consumo de produtos densamente calóricos como industrializados e lanches. “Infelizmente a sociedade perdeu alguns valores, entre eles os hábitos alimentares regionais, culturalmente referenciados e de elevado valor nutritivo”, afirma.

O arroz cereal básico da dieta humana é constituído por 90% de carboidratos (fornecem energia) e 7% de proteína (formação e construção de células). Entre os lipídios destacam-se os ácidos graxos insaturados (exercem papel importante em processos fisiológicos). O arroz também possui vitaminas e minerais como silício, fósforo, potássio, magnésio, sódio, cálcio, ferro e zinco e vitaminas do complexo B (tiamina e riboflavina). Entretanto, a concentração destes micronutrientes varia dependendo do subgrupo (integral, parboilizado, polido).

Em resumo, o arroz é um alimento saudável e completo, em função de suas características nutricionais, entre elas, ser rico em carboidrato complexo e fibra e consequentemente auxiliar no tratamento do diabetes mellitus, regulador intestinal, não conter glúten e desta forma importante para os portadores de doença celíaca. “Por ter uma absorção lenta é recomendado para a alimentação de atletas, não aumenta o colesterol porque não tem gordura trans, previne doenças cardiovasculares, câncer oral e de intestino devido sua composição química. É recomendado nas dietas de emagrecimento por manter a sensação de saciedade por mais tempo, e porque não engorda”, completa Lilian.